ECONOMIA DOMÉSTICA

A proposta da escola, Instituto Municipal de Educação Rural Assis Brasil de Ijuí, era trabalhar na formação de jovens oriundos do meio rural com o objetivo preparar profissionais para atuar na extensão rural, na educação, entre outros segmentos. Primou pela formação integral de cidadãos.

          A carga horária era em tempo integral em regime de internato e semi-internato, fato que facilitou conjugar teoria e prática. O CURRÍCULO era composto por 23 disciplinas:  Português, Matemática, Química, Biologia, Geografia, Ed. Moral e Cívica, Sociologia, Psicologia Social Aplicada, Filosofia, Biologia, Química, Física, Desenho, Habitação, Puericultura, Enfermagem e Higiene Rural, Nutrição, Industria Rural e Conservação de Produtos Animais, Administração do Lar, Técnicas Agrícolas, Zootecnia, Vestuário, Arte e Habitação, Ensino Religioso, Educação Física, Música.

           As egressas do Curso Técnico de Economia Doméstica supriram uma demanda regional por aproximadamente 20 a 30 anos. Podemos pensar que é um tempo curto, e de fato é muito curto. É importante, considerarmos as transformações que a sociedade teve ao longo dos últimos 50 anos, em reformas do ensino brasileiro, em criação de cursos de graduação de curta duração na UNIJUI – licenciatura de Artes Práticas e em Passo Fundo plena de licenciatura de Economia Doméstica.  A modernização da agricultura, as   mudanças tecnológicas, a especialização das áreas do conhecimento: cursos de graduação em nutrição, enfermagem, gastronomia. Outras especialidades no campo das engenharias. Todas estas mudanças trouxeram alterações significativas no mercado de trabalho. E, precisamos considerar que nossa matriz produtiva é eminentemente agrícola. A COTRIJUI era um campo de trabalho e de estágio importantes. Cabe destacar que na região de Pelotas RS, e em Viçosa Minas Gerais a demanda por Economistas Domesticas era muito forte e valorizada no mercado de trabalho na década de 70/80.

          Em meio a tantas transformações vividas, precisamos destacar algumas fragilidades enfrentadas, entre elas: a carência de profissionais especializados para atuar no curso Técnico de Economia Doméstica, fato que impacta diretamente no resultado da formação de seus alunos. O mercado de trabalho se restringiu por falta de profissionais egressos do curso, em consequência, no magistério as escolas retiraram a disciplina da grade curricular.  Entendo que estes são apenas alguns aspectos que observo a partir da minha vivência na área de Educação Cooperativa e Educadora da rede Estadual de Ensino, concordo com a afirmação de Charles Darwim “Não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta as mudanças. ”